De acordo com Itamar, durante dois meses de trabalho foram arrecadados cerca de mil livros que estão separados por categorias como literatura infantil, juvenil, brasileira e outras. Segundo ele, grande parte desses livros foram doados por alunos e professores da Unoeste e estudantes de um colégio particular da cidade.
O projeto Betesda é um espaço social que promove práticas esportivas, inclusão digital, cidadania e educação. Há 14 anos atende diariamente cerca de 200 crianças de alguns bairros da Zona Leste com idade entre 7 e 14 anos. Desde a inauguração da biblioteca foram realizados 170 empréstimos.
Itamar salienta que a leitura é uma das melhores atividades para estimular a criatividade e imaginação das crianças. A ideia de montar uma biblioteca na Associação surgiu para que as crianças tivessem maior acesso aos livros e revistas o mais cedo possível, estimulando assim o gosto pela leitura. “O mais importante é que a criança seja estimulada a ler com satisfação, sem obrigação, como acontece nas escolas. Com o tempo o prazer pela leitura motivará a compreensão de textos mais complexos e a busca constante pelo conhecimento”, fala.
O acadêmico explica que poucos professores conseguiram despertar seu interesse pela leitura na infância. Foi durante sua graduação na Faclepp que aprendeu de fato a importância da leitura e da escrita. “Tive vários professores maravilhosos como a Augusta e a Maria Inês Macca e posso dizer que elas me inspiraram a realizar o projeto. Ser professor não é fácil, é realmente um ato de amor”.
Para a docente e coordenadora da graduação, Augusta Boa Sorte Oliveira Klébis, quanto mais cedo as crianças tiverem acesso a bons livros de literatura infantil onde ela possa ouvir e participar de leituras diversas, maior será a possibilidade de se tornar um leitor fluente e assíduo.
Nas aulas de Literatura Infantil na Faclepp a docente propõe ao aluno recuperar a sua trajetória de leitura, desde a infância até os dias atuais, para compreender melhor o que foi decisivo para que houvesse um maior afastamento ou proximidade entre ele e os livros. Dessa forma, Augusta acredita que o futuro docente terá condições de saber como redefinir essa trajetória em direção a uma maior autonomia leitora. “Fico muito feliz de termos exemplos como o do Itamar, que se preocupa em incentivar o hábito de leitura nas crianças, prática que o universitário aprendeu a cultivar e a valorizar ao longo de sua experiência de vida”, enfatiza Augusta.
“Ler me ajudou a saber mais sobre as pessoas e sobre mim mesmo e como um ser inacabado que sou, a leitura molda meus pensamentos e transforma minhas atitudes, me torna tolerante com os outros e suas diferenças. Ler me torna cada vez mais humano”, finaliza Itamar.
Serviço – As doações de livros para a biblioteca podem ser entregues na secretaria da Faclepp, bloco H, campus I da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste
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